26.7.11
COVA DOS LEÕES
Ainda que eu sinta o sopro dos dragões
Ainda que queiram calar a minha voz
Ainda que armem planos e condenações
Ainda assim não temerei o feroz
Meu lugar eu bem sei
É na cova dos leões
A fera não é o escultor
Me faço de fé e convicções
Me faço de fatos e orações
Eu sou o auge do Inventor
Acusadores de inocentes
O anjo travou seus dentes
Nos rompendo das algemas
Feitas de estúpidas blasfêmias
Na Babilônia da insônia
Abro as janelas do amanhecer
Me ponho em vista ao grande poder
Daquele que faz o grande sol nascer
CABEÇA DE LIXO
O nariz sangra o mau cheiro
Palavras podres de um bueiro
Imagens sujas e vazias
Geração de acefalias
A mente viaja vaga exposta
Às órbitas súbitas respostas
Como um óbito pútrido em detrito
Seduzindo abutres famintos
Cabeça de lixo
De vermes caprichos
De mitos banais
Inter-inertes mentais
Vitrines abandonadas por pretexto
Que nos faz entender o sombrio
De um mundo moderno vazio
Vívido em desleixo desvio
MONSTRO
Com os dentes cerrados mostra sua cara
Com a raiva incubada demonstra o que mascara
Inquietude que enfumaça a virtude
Impiedade que inferniza a atitude
Encarnação da guerra
Que mata e destrata a paz
Que o próprio corpo enterra
E a alma se desfaz
Monstro
De si e dos demais
Monstro
Dos eus e dos mais
Sua queda vai acontecer
Quando o herói vier sobre você
Cavalgando sobre as nuvens da luz
Aspergindo o sangue da cruz
Des-monstrar o fim
Des-monstrar...
Assinar:
Postagens (Atom)